Com a palavra, o cliente - SAPPHIRE

Com a palavra, o cliente

*Graça Sermoud 19/05/2016

Diante de tantos clientes locais e internacionais que passaram pelo SAPPHIRE, em Orlando, vale destacar um case brasileiro por ser o primeiro usuário do setor público de S/4 HANA no mundo. Mais do que isso, ao falar sobre a implementação, Ireneo Alfaro Demanarig, CIO da CEITEC, instituição do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que desenvolve e produz semicondutores, foi enfático ao demonstrar surpresa com o tempo de implementação e o suporte recebidos. “Ficamos surpresos ao constatar que o processo de implementação durou exatamente o tempo previsto inicialmente. Implementamos todos os módulos com uma assistência que nunca tive”.

Demanarig confidenciou que ao falar em implementação SAP a reação na área de TI costuma ser de preocupação. Muitos já associam a questões como complexidade e tempo e acabam antecipando problemas que acreditam encontrar no caminho. A apreensão é histórica e tem razão de ser. No passado recente, muitas implementações demandaram tempo e foram referenciadas como onerosas, o que gerou um estigma no mercado de ERP.

Para o líder da instituição pública outro fato determinante para o sucesso do processo foi o envolvimento direto da SAP com a alocação de profissionais da empresa dentro da organização, tanto do Brasil quanto da Alemanha, que “colocaram a mão na massa”, enfatizou ele. A Meta foi o parceiro de implementação, tornando a tarefa um empreendimento conjunto.

Ao mesmo tempo, a empresa contou com os recursos e conhecimentos de laboratórios globais que permitem acesso às melhores práticas mundiais. Esse foi outro ponto relevante destacado pelo executivo da CEITEC, o que levou a um baixo nível de customização, também um fantasma do passado. O contrato, da ordem de R$ 1,2 milhão, não precisou passar de 12 meses, o que acabou, segundo Demanarig, se tornando rentável para a instituição.

Outro benefício importante apontado pelo CIO foi o fato do processo demandar um esforço mínimo da área de TI, muito menos foi preciso criar uma infraestrutura paralela. “O custo de manutenção do sistema também é muito baixo. Em cinco meses de operação, não foram necessários novos aportes”, enfatizou Demanarig.

Entre outras vantagens relacionadas pelo executivo estão o controle total dos contratos e a facilidade de operabilidade com os demais sistemas públicos. Por se tratar de um primeiro caso do setor, a instituição está sendo bastante procurada por outros órgãos, como a EMBRAPA, também interessada em atingir os mesmos resultados de agilidade e integração de processos.

A CEITEC já pensa em evoluir o ambiente para outras áreas da organização além do business process, como o setor de logística, por exemplo. A computação em nuvem por enquanto não está sendo avaliada, mas uma vantagem do modelo é suportar projetos de internet das coisas, o que para a instituição tem um valor agregado por se tratar de uma planta industrial e trabalhar com RFID.

Base para a transformação

Mais um case brasileiro foi destaque no evento. O CIO da Aché Laboratórios foi claro ao dizer que está construindo as bases da transformação digital a partir de implementações como o S/4 HANA. Segundo ele, esse processo não acontece de um dia para o outro, requer um alicerce. Para isso, escolheu essa arquitetura para ser um dos pilares. “Na Aché o processo já começou, a infraestrutura e os novos processos digitais precisam andar em paralelo”, enfatizou o CIO da Aché Laboratórios, Eduardo Kondo.

Esse está sendo, na verdade, um dos maiores desafios dos CIOs. Não dá para iniciar a transformação quando a infraestrutura estiver atualizada, é necessário implementar essa mudança com projetos em cadeia. “O primeiro passo foi implementar HANA, arrumar essa estrutura, partir para migrações especificas e criar as bases para soluções da terceira plataforma”.

Quatro meses foram consumidos pela empresa do setor farmacêutico para concluir o processo. Para Kondo, que chegou na companhia mais recentemente, não existe muita referência em relação ao modelo de implementação anterior. De qualquer forma ele se referenciou ao processo como "sem traumas". Ele também destacou que a demanda de customização foi praticamente nula.

Coincidência ou não, essa tem sido uma das características ressaltadas por vários CIOs que já se lançaram na implementação da nova plataforma de gestão da SAP. Trazer os templates baseados nas melhores práticas está sendo apresentado como um dos grandes avanços da nova plataforma da empresa alemã.

Em termos de digitalização, Eduardo Kondo foi enfático em ressaltar a necessidade de pontuar essa jornada baseada na experiência do cliente. “Hoje, antes de desenvolver um produto é preciso identificar a necessidade do consumidor”. Para isso, citou como exemplo um programa de fidelidade que está sendo implementado pela Aché e que irá integrar serviços e a cadeia de negócios paralelos, para levar comodidade e vantagens reais ao cliente final.

*Graça Sermoud está em Orlando, no SAPPHIRE 2016, a convite da SAP
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