O Big Data tem um rosto humano. E este documentário mostra (algumas) faces
O Big Data tem um rosto humano. E este documentário mostra (algumas) faces
Estas ideias são exploradas no documentário The Human Face of Big Data, produzido pelo ex-jornalista Rick Smolan e dirigido pelo realizado Sandy Smolan e que contou com o apoio de várias empresas de tecnologia, entre as quais a SAP que organizou esta semana uma antestreia em Lisboa.
Como é que as empresas recolhem dados das nossas comunicações, das movimentações dentro de cidades, das câmaras de vídeo, das fotografias e mensagens de redes sociais? E para que é que estas são usadas? O tema é transversal ao vídeo e não faltam exemplos comentados por vários especialistas de diferentes áreas, jornalistas, investigadores e organizações de defesa da privacidade.
As boas práticas mostram que a informação, quando anonimizada, pode servir para descobrir tendências, antecipando surtos de gripe mais rapidamente do que o Centro de Controle de Doenças nos Estados Unidos, ou a gerir melhor os recursos das cidades com base na movimentação das pessoas. E entre os muitos casos mostrados no vídeo há uma app desenvolvida em Boston que usa o acelerómetro do telemóvel para identificar buracos na estrada, ou a ferramenta criada depois do terremoto no Haiti para perceber quais as zonas mais afetadas com base nos tweets de pedidos de ajuda.
O lado negro desta força está também bem patente no documentário, sobretudo apontando os riscos das redes sociais, e do Facebook, que as pessoas usam descontraidamente por acreditarem que é gratuito mas que é “pago” dando acesso a dados que podem ser usados de muitas formas e que é quase impossível anonimizar.
No debate que se seguiu à exibição do documentário, Rui Gaspar, da SAP e Alexandre Santos da Intel, abordaram algumas das questões sobre a forma como o Big Data pode ser usado pelas empresas para gerar negócio.
“Hoje por força da digitalização e hiperconetividade temos quantidades massivas de dados disponíveis e a pergunta é o que podemos fazer com eles para trazer mais rentabilidade às empresas mas também mais qualidade de vida e sustentabilidade” defendeu Rui Gaspar.
As mudanças podem ser aproveitadas por grandes empresas mas também por PMEs, lembra Alexandre Santos, que alerta para o facto da geração Z estar a impelir as organizações nesta transformação digital.
Admitindo que há uma linha ténue em relação à privacidade da informação, Alexandre Santos afirma que a resposta passa pela confiança e a segurança. Há entidades em quem confiamos a informação, mas esses dados não podem ser partilhados nem usados para outras finalidades.
O site do projeto The Human Face of Big Data tem mais informação detalhada sobre os vários aspectos da recolha de dados e os participantes no documentário.
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