O big data está a converter-se numa visão de fast data
O big data está a converter-se numa visão de fast data
Publicado em: 28/06/2016 - 10:48:59
Luís Grincho, diretor de bases de dados e tecnologia da SAP Portugal, explica que o desafio das organizações e dos indivíduos é explorar em tempo real volumes potencialmente infinitos de dados de todo tipo.
Ainda muitos não sabem o que é big data e os fabricantes já estão a passar para o próximo patamar. Luís Grincho, diretor de bases de dados e tecnologia da SAP Portugal, explica que, nesta empresa, o big data está a converter-se numa visão de fast data. O desafio das organizações e dos indivíduos é explorar em tempo real volumes potencialmente infinitos de dados de todo tipo.
Qual é a definição de big data?
Antes de abordar o big data, é importante rever a sua definição. Big data é um termo amplamente utilizado para nomear conjuntos de dados com grande volume ou de grande complexidade que as soluções tradicionais de processamento de dados não conseguem analisar.
Numa análise efetuada sobre o tema da informação nas empresas, verificamos que cerca de 90% desta informação vem de um pequeno número de aplicações e é de caráter estruturado ou semiestruturado. No passado, a maneira padrão de lidar com relatórios e análise destes dados passava sempre por identificar os atributos mais interessantes e agregá-los num datamart. Esta abordagem fazia com que apenas um subconjunto dos atributos fosse examinado, ou seja, apenas as perguntas pré-determinadas podiam ser respondidas.
O potencial do big data está a ser impulsionado, em primeiro lugar, pelo crescimento dos dados provenientes de aplicações, tradicionais ou modernas, sensores e dispositivos inteligentes, juntamente com o volume de novos dados públicos, como são os feeds de redes sociais.
A capacidade de capturar e processar esses dados já é possível, devido ao crescimento do armazenamento de baixo custo e de computação sem limites. Os Data Lakes estão a tornar-se uma prioridade corporativa, porque vêm preencher uma lacuna crítica deixada pelo armazenamento de dados tradicional.
O armazenamento tradicional apresenta dados estruturados, armazenamento oneroso para grandes volumes e baixa agilidade, ao passo que os Data Lakes se caracterizam pela coexistência de dados estruturados, semiestruturados e não-estruturados, por um armazenamento de baixo-custo e uma elevada agilidade e capacidade de configuração.
Com todos os dados digitais da empresa, o mundo das Tecnologias de Informação (TI) enfrenta novos desafios para processar todos os dados distribuídos, e quase ilimitados, isto é, o big data.
Como define o analytics?
A colaboração impulsiona inovação. Se podemos transportar os dados [dispersos por várias plataformas] para os nossos processos de trabalho e de negócios, e disponibilizá-los aos nossos utilizadores podemos conduzir àquilo a que chamamos de visão coletiva, e isso é realmente poderoso.
Soluções como o SAP BusinessObjects Analytics visam dotar as organizações da capacidade para analisar os dados onde quer que estes se encontrem. Estas soluções ajudam os utilizadores a entender melhor o seu negócio, planear e prever o futuro, e simplificar e transformar a empresa na era digital. O Analytics oferece uma plataforma abrangente que ajuda a desbloquear o valor real dos seus dados para a tomada de decisões de forma mais inteligente mas, ainda assim, simples.
Como se integram o big data e o analytics na transformação digital?
A nova tecnologia digital permite que as empresas redesenhem os modelos de negócios, dando origem a novos operadores no mercado, usualmente disruptivos. Esta mudança está a acelerar de forma convincente em todos os setores de atividade e está a fazer com que todas as organizações tenham de adotar as tecnologias atuais para se transformarem numa empresa digital e, além de sobreviverem, também prosperem. A transformação digital não é apenas sobre tecnologia, mas sim sobre o entendimento da cadeia de rutura que leva à desmaterialização e à democratização dos bens e serviços através de plataformas digitais.
As organizações que vão ganhar na economia digital são as que possibilitam, a todos os seus colaboradores e parceiros, o acesso imediato à informação mais relevante e àquela que necessitam para responder a cada pergunta, entender os seus negócios e aproveitar novas oportunidades.
Deixou de fazer sentido a gestão de dados por lotes?
Somos, muitas vezes, confrontados com abordagens de gestão de dados por lotes ou com abordagens de centralização de todos os nossos dados num único sistema, mas com a IoT deixa de fazer sentido. Estes dados tendem a levar-nos a colocar as diferentes funções de negócios em sistemas díspares, mas nem sempre a comunicação de dados é feita em conjunto. O tratamento da informação de forma isolada gera apena um valor limitado, mas que quando combinadas com outras fontes de informação existentes nos nossos sistemas têm um enorme potencial e podem ajudar a desenvolver novas oportunidades de negócio ou de melhoria nas organizações. Se, por um lado, vimos que apenas acedemos a uma parte da informação, por outro, verificamos que apenas cerca de 10% das pessoas numa organização têm acesso a estas análises. Até 2020, esse número deverá aumentar para 75%.
Na prática, quais são as vantagens destas tenologias para as empresas?
O impacto do big data nas organizações vai transformar para sempre a forma como fazemos negócios. Sempre foi necessário tomar decisões de negócio atempadas baseadas em informação relevante, mas cada vez mais vamos ver como a tecnologia vai permitir às organizações aceder a mais e mais informação em tempo real para tomar decisões de valor. Este processo acabará por ser universal; no entanto, as empresas que aderirem já a este paradigma terão uma vantagem competitiva sobre o resto do mercado.
Isto representa oportunidades únicas para o negócio. As empresas poderão agora analisar dados atuais e históricos para antecipar eventos e melhorar resultados, disponibilizar visualizações impactantes baseadas em grandes volumes de informação, explorar texto e dados não estruturados para descobrir conteúdos relevantes e partilhar em tempo real informação analítica através de dispositivos móveis para tomar decisões rapidamente.
Para onde caminham o big data e o analytics?
Para a SAP, o big data está a converter-se numa visão de fast data. O desafio das organizações e dos indivíduos é explorar em tempo real volumes potencialmente infinitos de dados de todo tipo.
Todos os dias criamos, a um ritmo acelerado, informação de todo tipo: vídeos, e-mails, documentos, fotografias. Informação que queremos salvaguardar, mas de que não conseguíamos usufruir por limitações técnicas. A tecnologia resolve um problema, que é principalmente o da velocidade: teoricamente, as bases de dados tradicionais podem armazenar enormes volumes de dados, mas tornam-se demasiado lentas.
Graças aos avanços tecnológicos, hoje, as organizações podem implementar novos modelos de negócio e descobrir fontes de riqueza inexploradas com uma exploração simples e intuitiva de volumes de informação até agora impossíveis de gerir. Mas, para isso, é necessária uma aquisição rápida e eficiente de dados variados, armazenamento ilimitado, acesso a dados em tempo real e uma experiência rica e dinâmica na exploração da informação.
Para a SAP, o big data representa uma oportunidade para mudar a forma como as empresas e indivíduos trabalham, jogam e vivem, reconhecendo o que é relevante entre todo o “barulho” digital.
Acredito que, num curto espaço de tempo, falaremos não só na informação em tempo real, mas também na capacidade de prevermos/anteciparmos o que pode acontecer a seguir.
Vantagens para os departamentos
Marketing: Fica a conhecer-se melhor o cliente. Podem criar-se mais e melhores interações; campanhas mais bem dirigidas e mais eficazes; Logística: Pode fazer-se simulações complexas para efetuar compras inteligentes. Pode antecipar-se a procura de produtos e reduzir-se a probabilidade de falta de existências;
Vendas: Pode analisar-se ao detalhe e em tempo real padrões de compra ou afinidades entre produtos para criar iniciativas inovadoras, como descontos personalizados para o cliente que está na loja.
Por Mafalda Simões Monteiro/OJE
Fonte: http://www.oje.pt/big-data-esta-converter-numa-visao-fast-data/
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